Capitulo 50 - FINAL

_Bom, chegou a hora. Demi, vamos la..
1.. 2.. 3.. força.

 [...]

A olhando assim.. o suor no rosto, sua expressão de dor, acabava vagarosamente comigo, mas tinhamos que ser fortes, meu filho estava ali, eu tinha  que traze-lo a vida.
Os minutos pareciam horas, o tempo não estava a nosso favor, ela estava fraca, ja não fazia força.. não conseguia, não aguentava mais.

_Demi, vamos por favor anjo, voce precisa se concentrar.
Ela só gemeu baixinho, fechando os olhos e respirando com dificuldade. Ve-la assim era um pesadelo pra mim.
_Demi, não dorme, fica acordada, vamos, mais uma vez, força.. quando eu contar ate 5 ok? - Segurei sua mão com força lhe dando apoio, e ela sorriu fraca pra mim.
_1 .. 2.. 3 .. 4 ... 5 forçaa
Ela gritava, urrava de dor, mas nada do bebê sair, só dava pra ver um pouquinho do cabelo dele, mas isso não era nada.. Para a minha sorte, apareceu um homem ofegante, e dizendo pra eu continuar de mãos dadas com ela enquanto ele ia ate o outro lado do carro. Foi o que eu fiz, ele deveria ser um médico.. ou sei la, não estava em condiçoes de pensar.
O cara abriu a outra porta, e começou a pressionar a barriga da Demi, que agora chorava de dor me pedindo pelo amor de deus para que eu tirasse isso logo dela.

_Menina - o homem começou a falar - quando eu contar ate 3, voce vai fazer toda a força que existe em voce, pensa que essa criança precisa respirar, e se voce não deixa-la sair, ela vai morrer. Voce vai querer deixar seu filho morrer nessa altura do campeonato?
_Não - ela sussurrou baixinho respirando com dificuldade
_Foi o que pensei. Então, busque todas as suas forças e se concentre.
Ele começou a contagem.. e num susto meu filho havia saido, eu estava completamente desnorteado, aquilo pra mim era surreal, não conseguia me mover, só segura-lo em meus braços..
O taxista estava ao meu lado, com uma tesoura, e cortou o cordão retirando ele de meus braços e o envolvendo em sua blusa branca, que agora estava tomada pelo sangue.

_Isso garota, sabia que iria conseguir, voce foi muito forte - o homem dizia enquando afagava o cabelo de Demi.
Nesse momento Demi começou a gritar de dor, colocando a mão na barriga, eu me assustei mas me lembrei de um detalhe que me levou ao panico total.
_São dois - eu disse aflito.
O cara me olhou, tambem assustado, e sussurrou as mesmas palavras no ouvido de Demi que se acalmou um pouco e se concentrou para fazer mais força.
_Isso garota, isso, força - ele apertava a barriga de Demi de cima pra baixo, fazendo com que mais facilmente o segundo bebê saísse de dentro dela.

Mais atônico que antes, o taxista fez o mesmo, envolvendo o outro bebê em minha blusa, eu estava ofegante, feliz, maluco, vivendo uma experiência que talvez nunca aconteça novamente.
Minutos depois, estavamos chegando ao hospital mais proximo, rapidamente uma enfermeira veio com uma cadeira de rodas e levou a minha Demi de mim, em seguida vieram mais duas e levaram meus filhos.. meu coração se apertou.

Duas horas.. duas horas inteiras eu fiquei sentado naquela porcaria de sofá esperando alguma noticia, ate que um médico chegou me dando os parabéns..
_Meu rapaz, seus filhos estão otimos, não tiveram nenhuma complicação e não terão nenhuma infecção por causa do parto complicado. Sua mulher tambem está muito bem, voce ja pode ve-la se quiser. - ele sorriu.
Suspirei aliviado, lhe dando um abraço bem apertado.

_Demi? - entreino quarto dando as três batidinhas conhecidas entre nós dois.
Ela sorriu abertamente quando me viu. _Joe, nossos bebês amor, eles estão bem - ela dizia bem rapido enquanto uma lágrima de felicidade rolava por sua face tão cansada, mas linda.
Me aproximei dela _ isso meu bem, eles estão otimos, e ja vão pode ir pra casa conosco
Vamos ser só eu voce e nossos filhos, eu nunca estive tão feliz. Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo - lhe deu um selinho molhado, e ela suspirou.
_Eu te amo mais que tudo Joe - se segurando pra não cair no choro.
_Eu tambem meu anjo. - beijei sua cabeça.

Fomos interrompidos pela enfermeira chegando com os nossos bebês. Nossos rostos se uniram à um sorriso incomparavel, Demi segurava a menina, e eu o menino, nós dois trocavamos olhares, ela estava radiante, e eu tambem, uma explosão de felicidade, acontecendo repentinamente em meu corpo, não podia me sentir melhor..
[...]
_Pausa pra foto - a enfermeira disse antes de nós irmos para casa.
feito isso, fomos embora, levando a razão de nossa felicidade pra casa, ou melhor.. as razões.



_Eu me lembro dessa foto como se fosse hoje - Demi disse alisando o porta retrato que ficava ao lado de sua cama.
_Eu tambem anjo.. como os anos passam rápido, mas ainda existe uma coisa que me deixa confuso..
_O que amor? - ela sussurrou curiosa colocando o porta retrato no criado mudo e deitando em meu peito nu.
_3 anos se passaram e meu coração ainda dispara com só em sentir seus olhos em mim, te amo cada dia mais.. como um adolescente tendo sua primeira paixão.

E isso foi o necessario para que Demi se sentisse mais segura ainda, e que o amasse cada vez mais.. ela havia encontrado em um sequestrador de beira de estrada, o grande e unico amor de sua vida.
E foi assim, com esse clima gostoso, que eles fizeram amor, a melhor de todas as vezes, se entregaram inteiramente ao prazer que o corpo do outro lhe proporcionava, vivendo felizes.. felizes para sempre. Como um só.



                                               FIM.